Descrição
Como o Estado administra não só a vida como também a morte de determinados cidadãos? De que maneira o desaparecimento de pessoas e corpos se constitui como um mecanismo em contínuo funcionamento? De quem são os cadáveres que o Estado não quer nomear? Essas são algumas das questões que o filósofo e psicanalista Fábio Luís Franco levanta ao desenvolver uma análise do processo de produção, normatização e apagamento sistemáticos da morte, com foco na atuação de forças do Estado. Tendo como base o conceito do filósofo camaronês Achile Mbembe de necropolítica, Franco recupera nas guerras coloniais os mecanismos de contrainsurreição que foram legados aos generais das ditaduras latinoamericanas e fizeram do desaparecimento um método de repressão. Mas esse não é um fenômeno de “exceção” durante a ditadura, ao contrário, como mostra Franco, ele está entranhado na estrutura governamental do Brasil, presente nas mais diversas estratégias que tornam o desaparecimento um modo de governar.
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